História da arte para colorir – Antiguidade

 

A Dois Pontos preparou para ti um micro-mini-curso de história da arte. Vamos começar pela era da Antiguidade, percorrendo a arte mundial desta época, desde o antigo Egito até ao império Romano.
Faz download da versão para colorir de cada imagem e diverte-te a pintar, a aprender, a imitar o desenho numa folha à parte, ou mesmo a acrescentar o teu próprio traço criativo.
Fica atento — todas as sextas-feiras falamos de uma nova obra de arte!

 

 

Egito

Os antigos egípcios valorizavam muito os prazeres da vida, e não acreditavam que estes   chegassem ao fim com a sua morte. Achavam que, pelo menos os mais poderosos (faraós e nobres), poderiam desfrutar as delícias da vida por toda a eternidade, desde que nos seus túmulos estivessem ilustrados os momentos que queriam repetir para sempre, depois de abandonarem o mundo dos vivos. Os túmulos eram decorados com pinturas que ilustravam a vida do nobre falecido, mostrando a todos os que visitavam o túmulo qual tinha sido o seu estatuto social, como praticava a religião e como se divertia.
A arte servia então para recordar os vivos do estatuto social do nobre falecido, e para assegurar que todos continuariam a lembrá-lo nas suas orações e oferendas aos deuses.

Como exemplo, mostramos-te a seguir a pintura Cena de Caça a Aves Selvagens , encontrada numa das paredes do túmulo de Nebamun, um homem nobre da cidade de Tebas.

Cena de Caça a Aves Selvagens, autor desconhecido, c. 1350 a.C., coleção do British Museum, em Londres.

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América/Era Pré-colombiana

Chamamos Pré-colombiano ao período antes da chegada dos europeus às Américas, liderados pelo navegador espanhol Cristóvão Colombo.

Teotihuacan chegou a ser a maior cidade da América pré-colombiana, com cerca de 200 mil habitantes, e é atualmente a atração arqueológica mais visitada do México (faz parte da lista de patrimônios mundiais da UNESCO). Neste sítio, a 40 Km da Cidade do México, encontras, por exemplo, a terceira maior pirâmide do mundo, e vários murais coloridos que nos revelam muito sobre esta antiga civilização

Quando a cidade de Teotihuacan se tornou grande e poderosa, através de inteligentes estratégias comerciais, as suas casas passaram de cabanas de madeira e palha para edifícios de pedra. Os palácios dos governantes e da aristocracia eram ricamente decorados com pinturas murais onde estavam representados determinados animais, deuses e outras personagens religiosos.

Na imagem abaixo, podes descobrir um mural pintado com a Grande Deusa de Teotihuacan.

Grande Deusa de Teotihuacan, c. 100 aC – 700dC, México.

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Etrúria

A Etrúria, terra dos etruscos, foi uma civilização antiga que teve o seu ponto alto artístico entre os séculos VIII e II a.C. Estava localizada onde é hoje a Itália central, e acabou por ser conquistada pelos romanos, que infelizmente destruíram muitos elementos culturais dos etruscos.
Sobreviveram, no entanto, os túmulos dos etruscos nobres, que decoravam as paredes dos seus túmulos com belas pinturas, como esta que te mostramos aqui.

Mural com bailarinos e músicos, Túmulo dos Leopardos; c. 475 a.C.

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Grécia


A Grécia Antiga é considerada por muitos a civilização mais desenvolvida de todas as da antiguidade, com os seus famosos pensadores, matemáticos, poetas e arquitetos. Os gregos acreditavam em vários deuses, e na sua mitologia (ou seja, no conjunto das suas crenças) incluíam também os semideuses: grandes heróis guerreiros, que combateram e morreram corajosamente em batalhas épicas, sobre as quais se contam histórias até hoje.
A Guerra de Tróia é talvez a guerra da mitologia grega que mais inspirou poetas, contadores de histórias e todo o tipo de artistas da Grécia antiga, que passaram de geração em geração os feitos gloriosos de heróis gregos como Aquiles e Ajax. Também os artesãos contavam estas histórias nos objetos que criavam — como por exemplo a ânfora de barro (uma espécie de vaso usado antigamente para transportar e armazenar comida e bebida) que te mostramos na imagem abaixo, onde vemos precisamente os heróis Aquiles e Ajax a jogar um jogo de tabuleiro um contra o outro.

Jogo de tabuleiro entre Aquiles e Ajax, c.540-530 a.C., Museu do Vaticano

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Império Romano

Após terem invadido e conquistado a Grécia antiga, os Romanos absorveram muita da cultura grega na sua própria cultura. Criaram a sua mitologia a partir da mitologia dos gregos e, por esta razão, muitos deuses romanos correspondem a deuses da mitologia grega. Por exemplo, inspirados pelo deus grego Poséidon (deus grego do mar e dos terramotos), os Romanos criaram Neptuno, deus dos mares e dos oceanos, que cavalgava as ondas do mar montado em cavalos brancos. Era considerado um deus perigoso e instável, e acreditava-se que as tempestades vindas do mar eram provocadas pela raiva de Neptuno.
Além de estar montado nos seus cavalos brancos, Neptuno estava sempre acompanhado por golfinhos, e tinha na mão um grande tridente que usava para levantar as ondas e agitar as águas dos mares. Como vivia nas profundezas do oceano, vestia apenas um tecido que lhe cobria a cintura, e era representado nas pinturas e esculturas romanas como sendo alto, forte e com cara de poucos amigos.
Esta imagem de Neptuno faz parte de um mosaico romano, encontrado em escavações arqueológicas das ruínas romanas no séc. XVIII/XIX, no norte de África (mais precisamente na Tunísia), território dominado durante séculos pelo Império Romano. 


O Triunfo de Neptuno, c. séc. III a.C, Museu Arqueológico de Sousse (Tunísia)

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